1 INTRODUÇÃO
É de conhecimento de todos
que no período de processo de formulação das políticas sociais, é necessário
que os indicadores sociais sejam devidamente específicos para cada demanda,
pois irão subsidiar as atividades e os níveis de vida e bem-estar da população
específica e, se necessário, de toda a população.
Para que o indicador social seja
eficiente, é necessário que, no primeiro momento, a equipe técnica tenha a
percepção do problema a ser pesquisado, a fim de delinear as particularidades,
para que, no processo de gestão dos programas, serviços e projetos, os
indicadores sociais apontem, de forma avaliativa e com coerência, a decisão da
implementação das políticas públicas, contendo eficácia, eficiência e
efetividade no presente processo.
O interesse pela temática
dos indicadores sociais e sua aplicação nas atividades ligadas ao planejamento
governamental e ao ciclo de formulação e avaliação de políticas públicas vêm
crescendo no País, nas diferentes esferas de governo e nos diversos fóruns de
discussão dessas questões. Tal fato deve-se, em primeiro lugar, certamente, às
mudanças institucionais por que a administração pública tem passado no País.
Então, com uma breve análise
do artigo “Indicadores sociais: um imperativo no cotidiano dos assistentes
sociais atuantes no processo de gestão”, este trabalho fará um breve histórico
dos indicadores sociais, bem como alguns elementos que estão presentes no
artigo.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 OBJETIVO E METODOLOGIA DO TEXTO
O texto "Indicadores
sociais: um imperativo no cotidiano dos assistentes sociais atuantes no
processo de gestão" teve como objetivo identificar se os assistentes
sociais que atuam em projetos sociais, voltados ao idoso e à criança e
adolescente no município de Presidente Prudente, utilizando os indicadores
sociais no processo de gestão.
A metodologia utilizada foi
em forma de pesquisa de campo, tipo qualitativa de analise teórico empírica por
meio de entrevista focalizada não estruturada e pesquisa bibliográfica. Além
disso, foi feita uma análise conceitual e uma breve trajetória histórica da
gestão social.
2.2 ANÁLISE DESCRITIVA
A coleta de dados
estatísticos tem crescido muito nos últimos anos em todas as áreas de pesquisa,
especialmente com o advento dos computadores e surgimento de softwares cada vez
mais sofisticados. Ao mesmo tempo, olhar uma extensa listagem de dados
coletados não permite obter praticamente nenhuma conclusão, especialmente para
grandes conjuntos de dados, com muitas características sendo investigadas.
A análise descritiva é a
fase inicial deste processo de estudo dos dados coletados. Utilizamos métodos
de Estatística Descritiva para organizar, resumir e descrever os aspectos
importantes de um conjunto de características observadas ou comparar tais
características entre dois ou mais conjuntos de dados.
A descrição dos dados também
tem como objetivo identificar anomalias, até mesmo resultante do registro
incorreto de valores, e dados dispersos, aqueles que não seguem a tendência
geral do restante do conjunto.
2.2.1 Quais os tipos de gráfico que são utilizados
no artigo? E sua importância.
Os tipos de gráficos que
aparecem no texto são barras e pizza. Um gráfico de barras ilustra comparações
entre itens individuais. As categorias são organizadas na vertical e os valores
na horizontal para enfocar valores de comparação e dar menos ênfase ao tempo.
Já o gráfico de pizza mostra
o tamanho proporcional de itens que constituem uma série de dados para a soma
dos itens. Ele sempre mostra somente uma única série de dados, sendo útil quando
você deseja dar ênfase a um elemento importante Para facilitar a visualização
de fatias pequenas, você pode agrupá-las em um único item do gráfico de pizza e
subdividir esse item em um gráfico de pizza ou de barras menor, ao lado do
gráfico principal.
Os gráficos se apresentam como uma
ferramenta cultural que pode ampliar a capacidade humana de tratamento de
informações quantitativas e de estabelecimento de relações entre as mesmas. A
apresentação gráfica é frequentemente associada à coordenação de informações
quantitativas dispostas em dois eixos perpendiculares; um horizontal (chamado
eixo dos x ou abscissa) e um vertical (eixo dos y ou ordenada).
Convencionalmente, os gráficos podem ser classificados de acordo com o método
empregado para se estabelecer a relação entre os valores quantitativos. O modo
mais utilizado está vinculado ao diagrama linear, onde a partir da
correspondência entre os elementos de cada eixo são estabelecidos pontos que
são unidos por segmentos de reta (BIANCHINI, 1993).
A importância da compreensão
de gráficos no mundo atual tem sido bastante reconhecida como conteúdo
conceitual para primeiros ciclos do ensino fundamental. Ou seja, acredita-se na
importância de se iniciar estudos relativos a esta área desde o início da
aprendizagem formal de estatística. O fato de gráficos permitirem a
representação de dados em diversos conteúdos amplia a importância de tais
sistemas de representação, uma vez que não se relacionam apenas com conteúdos
da matemática, mas de fato permitem tratamento de informações de diversas
outras áreas de conhecimento.
2.2.2 Análise do Gráfico III
De acordo com o Gráfico III
do artigo em questão, considera-se a graduação o primeiro contato e
conhecimento sobre o tema, que apresenta a matriz curricular dos entrevistados,
em relação a indicadores sociais e gestão social. Dos entrevistados, 80%
estudaram indicadores sociais em sua graduação e cerca de 60% tiveram gestão
social. Embora o gráfico evidencie que 80% tiveram indicadores sociais na
graduação, as falas revelam que a abordagem do tema não se esgota nesse
período, o que nos remete a outra discussão, relacionado à atualização
profissional[1].
A padronização dos serviços
socioassistenciais contribuirá no processo de planejamento e também na execução
dos mesmos, facilitando o desvelamento da realidade social para a construção de
indicadores sociais, para, posteriormente, realizar a avaliação das ações que
são desenvolvidas, com o fim de atender aos sujeitos sociais.
Um indicador social é uma medida em
geral quantitativa dotada de um significado social substantivo, usado para
substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato, de
interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para formulação de
políticas). É um recurso metodológico, empiricamente referido, que informa algo
sobre um aspecto da realidade social ou sobre mudanças que estão se processando
na mesma” (JANUZZI, 2002 p. 15).
Os indicadores sociais devem
ser de confiabilidade, válidos e relevantes, de modo a abranger diferentes
temáticas da realidade social. Afinal, para a construção do diagnóstico social,
precisam obter um retrato detalhado e minucioso acerca da situação social.
Como foi visto no Gráfico
III, 80% dos entrevistados estudaram indicadores sociais, isso porque o
assistente social tem que ser um profissional graduado no curso de Serviço
Social para atuar no campo das políticas públicas, que fazem parte do sistema
político do país, atendendo as necessidades sociais da população e a efetivação
de direitos previstos em leis. As políticas públicas, de âmbito federal,
estadual e municipal se constituem no dever do Estado, e operacionalizam
programas, projetos, serviços, benefícios e ações voltadas aos direitos dos
cidadãos.
2.2.3 A Importância da Estatística e dos Indicadores
para o Serviço Social
Segundo Salsburg (2009), a
Estatística revolucionou a ciência através do fornecimento de modelos úteis que
sofisticaram o processo de pesquisa na direção de melhores parâmetros de
investigação, permitindo orientar a tomada de decisões nas políticas
socioeconômicas.
Hoje, a utilização da
estatística está disseminada nas universidades, nas empresas privadas e
públicas. Gráficos e tabelas são apresentados na exposição de resultados das
empresas. Dados numéricos são usados para aprimorar e aumentar a produção.
Censos demográficos auxiliam o governo a entender melhor sua população e a
organizar seus gastos com saúde, educação, saneamento básico, infraestrutura
etc.
Com a velocidade da
informação, a estatística passou a ser uma ferramenta essencial na produção e
disseminação do conhecimento. O grau de importância atribuído à estatística é
tão grande que praticamente todos os governos possuem organismos oficiais
destinados à realização de estudos estatísticos.
A expressão "indicadores
sociais" surgiu nos EUA, em 1966. Foi veiculada em uma obra coletiva por
Raymond Bauer e chamada Social Indicators. A finalidade desse estudo era
avaliar os impactos da corrida espacial na sociedade americana. A observação da
mudança da sociedade em termos socioeconômicos, dada a precariedade dos dados
existentes, só pôde ser contornada por Bauer e seus colegas através da
construção de indicadores de caráter social; isso permitiu uma análise
aprofundada do conjunto das condições sociais, políticas, econômicas e teóricas
(ALTMANN, 1981).
A estatística é definida
como um conjunto de métodos e técnicas que envolve todas as etapas de uma
pesquisa, desde o planejamento, coordenação, levantamento de dados por meio de
amostragem ou censo, aplicação de questionários, entrevistas e medições com a
máxima quantidade de informação possível para um dado custo, a consistência, o
processamento, a organização, a análise e interpretação dos dados para explicar
fenômenos socioeconômicos, a inferência, o cálculo do nível de confiança e do
erro existente na resposta para uma determinada variável e a disseminação das
informações.
O que se entende por Estatística ou
Ciência Estatística é muito mais do que um conjunto de técnicas úteis para
algumas áreas isoladas ou restritas da ciência. Por exemplo, ao contrário do
que alguns imaginam, a estatística não é um ramo da matemática onde se
investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma
determinada população. Também não se limita a um conjunto de elementos
numéricos relativos a um fato social, nem a tabelas e gráficos usados para o
resumo, a organização e apresentação dos dados de uma pesquisa, embora este
seja um aspecto da estatística que pode ser facilmente percebido no cotidiano.
(MATSUSHITA, 2010).
O exercício da profissão
requer um profissional informado, crítico, culto e atento ao mundo
contemporâneo, competente na gestão e elaboração de projetos, avaliação de
programas e projetos sociais, capacitação de recursos, gestão de pessoas, entre
outros, socializando informações e conhecimentos, propondo novos serviços e
ampliando o espaço do Serviço Social.
2.3 PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social é uma profissão que
está inserida na divisão social e técnica do trabalho e tem como matéria-prima
a questão social e suas diferentes manifestações. A questão social, por sua
vez, pode ser compreendida e pensada como o conflito gerado entre o capital e o
trabalho, entre os sujeitos que possuem os meios de produção e os despossuídos
do mesmo, bem como as desigualdades sociais em suas múltiplas expressões
sociais. (IAMAMOTO, 2000).
As demandas apresentadas à
profissão podem ser oriundas do conflito suscitado entre o capital e o
trabalho, como a exploração, o não acesso a direitos, o desemprego, o
subemprego, etc., podendo ser vinculadas a outras questões de cunho mais
genérico, como à exclusão social, a baixa qualidade de vida, a baixa estima dos
indivíduos, grupos e populações, a desestruturação familiar, as diversas formas
de violência, entre outros.
Para que os profissionais do
Serviço Social intervenham na sua prática cotidiana e institucional, tendo como
referência os princípios ético-políticos da profissão, faz-se necessário
identificar e desvelar, na realidade, a questão social e suas múltiplas
manifestações.
Segundo Faleiros (2001), a
proposta que é possível e viável na construção de uma estratégia de intervenção
profissional, sem se perder a força e o conhecimento específico da profissão,
seria a de assumir a particularidade da profissão no contexto das
transformações das relações e da realidade social.
Quando o assistente social
intervém em uma dada realidade, que tem uma determinada demanda, ele deve,
através dos processos de trabalho, intervir naquela parte do real, do total,
sem perder o foco de fazer o movimento de visualizar naquela particularidade a
totalidade.
Os processos de trabalho podem ser
compreendidos como uma matéria-prima ou objeto sobre o qual incide a ação,
meios ou instrumentos de trabalho que potenciam a ação do sujeito sobre o
objeto; é a própria atividade, ou seja, o trabalho direcionado a um fim, que
resulta em um produto. (IAMAMOTO, 2000, p. 61-62).
A instrumentalidade no
exercício profissional do assistente social parece ser algo referente ao uso
daqueles instrumentos necessários ao agir profissional, através dos quais os
assistentes sociais podem efetivamente objetivar suas finalidades em resultados
profissionais propriamente ditos.
Neste âmbito, o processo de
trabalho é compreendido como um conjunto de atividades prático-reflexivas
voltadas para o alcance de finalidades, as quais dependem da existência, da
adequação e da criação dos meios e das condições objetivas e subjetivas. Os
homens utilizam ou transformam os meios e as condições sob as quais o trabalho
se realiza modificando-os, adaptando-os e utilizando-os em seu próprio
benefício, para o alcance de suas finalidades.
2.4 COMUNICAÇÃO POPULAR E COMUNITÁRIA
Para se entender a
comunicação humana e suas origens, seu processo evolutivo, torna-se necessário
fazer uma análise sucinta da própria evolução humana a partir dos elementos da
comunicação presentes no processo, suas diferentes abordagens e consequentes
mudanças. Sendo assim, é preciso entender o papel da comunicação comunitária e
de sua relação com Cidadania, particularmente através do resgate da cultura e
construção da identidade dos indivíduos; e por outro, em reflexões ocorridas a
partir de observação participante.
Até o final do século XV, os
participantes do processo de comunicação estavam presentes no mesmo referencial
de tempo e espaço e a comunicação humana era desenvolvida
"face-a-face". Muito importante para ele era esta característica
dialógica, em que a proximidade dos agentes comunicativos diminuía a
possibilidade de ruídos ou distorções na mensagem. (THOMPSON, 1999).
Pelos conceitos expostos
pode-se ver que o conceito de comunicação é muito amplo, pois envolve todas as
instâncias nas quais a conduta de qualquer ser humano, consciente ou não, quer
atue como estímulo intencional ou não, da conduta de um para com o outro
reciprocamente.
A comunicação popular e
comunitária vão se vincular em geral aos movimentos e manifestações
reivindicatórios, sindicais e libertários, em prol da justiça social.
O estudo da comunicação popular
redefiniu o marcos da problemática da comunicação: durante muito tempo, falar
de comunicação significou falar de meios, canais, mensagens. Agora falar de
comunicação popular implica falar de cultura, de relação. E necessita para
tanto, da interdisciplinaridade em seu sentido mais profundo [...] A redefinição
do popular permitiu pensar a diversidade e a pluralidade e revalorizar a
relação entre comunicação de massa e comunicação popular. (BERGHER, 1989).
Para que se possa entender a
importância desse processo, de intermediações é importante entender a relação
existente entre cultura., personalidade e identidade, assim é importante
explicitar o entendimento de cada um desses elementos e sua importância no
processo de socialização.
Desde o aparecimento da Imprensa,
Rádio e Televisão, que se começou a procurar dar resposta aos eventuais efeitos
destes meios na sociedade e qual o seu papel enquanto formadores de opinião e
de transmissão de conhecimento. O papel destes meios enquanto elementos que
produzem informação, – também enquanto veículos de transmissão de conteúdos
culturais -, tem sido um dos temas mais aflorados mas pouco esclarecidos do
universo de várias ciências sociais.
3 CONCLUSÃO
Conclui-se este trabalho
relembrando que os Indicadores sociais, como foi visto, tiveram uma boa
aceitação desde seu surgimento e estão inseridos no planejamento governamental
da maioria dos países.
Uma das grandes dificuldades
atuais no acompanhamento de programas públicos é dispor de informações
periódicas e específicas acerca do processo de sua implementação e do alcance
dos resultados e do impacto social que tais programas estão tendo nos segmentos
sociodemográficos ou nas comunidades focalizadas por eles.
Vale salientar que os
indicadores sociais embora possam ser também um instrumento de controle, é um
dos elementos que contribuem para uma gestão democrática, preocupada com a
construção de respostas profissionais que atendam às demandas sociais e aí está
o desafio do assistente social tomar posse desse instrumento na dimensão
ético-político profissional.
Sendo provenientes de uma
mesma realidade, os indicadores necessitam de estudos aprofundados para
significação dos dados mensuráveis diante da realidade de cada município ou
região. No entanto isso não significa que esses estudos possam ser ignorados,
pois apontam questões importantes e, quando contextualizados, podem contribuir
para a qualificação de processos administrativos e pedagógicos.
Como foi citado no artigo
que foi estudado, é sabido que os assistentes sociais têm desafios constantes,
portanto, cabe aos mesmos estacionar perante a dificuldade que a própria
realidade apresenta ou desafiarem a realidade, a fim de transformá-la com o
conhecimento que se busca.
REFERÊNCIAS
ALTMANN, Werner (1981). A temática dos indicadores sociais e sua resultante atual: a
qualidade de vida. Indicadores Sociais de Sergipe, Aracaju, v.3, p.187-204.
BERGER, C.. A comunicação emergente: popular e/ou alternativa no Brasil, 1989.
Disponível em: <http://migre.me/j0vrV>
Acesso em 23 abr. 2014.
Bianchini, E. (1993). Matemática. v. 1-4, 3. ed. rev. e aum. São Paulo: Moderna.
Disponível em: <http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/docs_
22/carlos.pdf> Acesso em 22 abr. 2014.
FALEIROS, Vicente de Paula. Estratégias em Serviço Social. 3. ed.
São Paulo: Cortez, 2001.
GIROTO, Ana Paula, et al. Indicadores sociais: um imperativo no
cotidiano dos assistentes sociais atuantes no processo de gestão. Disponível
em:
<http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/ETIC/article/viewFile/1355/1294>.
Acesso em: 20 abr. 2014.
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na contemporaneidade:
trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez, 2000.
JANNUZZI, P. de M. Indicadores sociais no Brasil: conceitos, medidas e aplicações. 3.
ed. Campinas: Alínea; Campinas: PUC, 2004.
MATSUSHITA, R. Y. O que é estatística? Disponível em:
<http://vsites.unb.br/ie/est/complementar/estatistica.htm>. Acesso em 22
abr. 2014.
THOMPSON, J.B. Ideologia e Cultura Moderna. Petrópolis: Vozes, 1999. Disponível
em: <http://migre.me/j0vyU> Acesso em 22 abr. 2014.
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