1.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
A Instituição escolhida foi o Hospital Regional Rui de Barros Correia, mas precisamente o Departamento de Serviço Social da Maternidade. O HRRBC fica localizado na Avenida Agamenon Magalhães Melo, SN, no Centro de Arcoverde-PE.
A natureza do HRRBC é governamental. Tendo as ações desenvolvidas da forma mais humanizada que existe. O dia começa com as admissões dos pacientes, que nada mais é do que a observação de quem vai ficar e de quem vai receber alta. A assistência é realizada com muito conforto (alimentação, acomodação e segurança) e para quem recebe alta é dada a total atenção e segurança na hora de voltar para casa. O departamento da Maternidade do HRRBC é composto por 3 funcionários: 1 assistente social, 02 auxiliares administrativos que se reservam em regime de plantão 12x24.
O número de usuários atendido em média é de 20 gestantes por dia e o serviço social está disponível para todas. O acesso é fácil por conta que desde a entrada para a triagem, o serviço social está presente para que as pacientes sintam-se seguras. A demanda reprimida é de puérperas, por não ter neo-natal e incubadoras de UTI.
1.2 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O HRRBC é um hospital que atende os 13 municípios da VI gerência Regional de Saúde, além de outros municípios vizinhos, como Pesqueira, Belo Jardim. É referência em Assistência Materno-infantil na Região, realizando em média 260 partos e procedimentos obstétricos por mês. Realiza cerca de 6 mil atendimentos de urgências e emergências, tanto adultas como pediátricas, 6 mil exames (RX, laboratoriais, ultrassonografias, tomografias, ECG, etc.), 600 internamentos clínicos, cirúrgicos e obstétricos, 300 cirurgias urológicas, gerais, ortopédicas e vascular, 1,2 mil atendimentos ambulatoriais, consultas estas que são marcadas através de comparecimento dos pacientes no ambulatório[1].
A atual gestão é composta de um diretor executivo médico, Dr. José Ivan Vidal, um administrador, juntamente com coordenadores de enfermagem e coordenadores das clínicas e blocos cirúrgicos, além dos coordenadores de maternidade e da emergência.
2 OBJETO INSTITUCIONAL
2.1 NATUREZA DOS PROGRAMAS E PROJETOS
O Hospital Regional Ruy de Barros Correia é uma instituição mantida pelo SUS e presta os principais serviços ligados a ele.
Suas especialidades são:
De Emergência: Cirurgia geral, Clínica médica, Obstetrícia, Ortopedia, Pediatria
De Ambulatório: Cardiologia, Dermatologia, Pneumologia, Urologia[2].
Além disso, um dos objetivos principais do HRRBC é favorecer a melhoria da qualidade de vida das famílias diante da instituição, através de projetos ligados à Assistência Social, dignificando a existência humana, contribuindo para que através dos serviços prestados à saúde, os pacientes sejam sujeitos ativos de sua história de auto-sustentabilidade.
2.2 POLÍTICA SOCIAL
Com o intuito de aprimorar e construir indicadores de monitoramento processual e avaliação de resultados, primando pela competência dos profissionais que atendem os setores, o Hospital Regional Ruy de Barros Correia visa a qualidade no atendimento a adultos, crianças, gestantes e idosos em todas as áreas de sua atuação.
Além disso, a instituição recebe certificados e títulos nas especialidades médicas do município e do Governo do Estado de Pernambuco.
2.3 RECURSOS FINANCEIROS
Por ser uma instituição governamental, sem fins lucrativos, o HRRBC é gerenciado pelo Governo do Estado de Pernambuco, sendo considerada a importância que tem em pleno desenvolvimento de atendimentos aos pacientes de Arcoverde e cidades da região, sua principal atividade. Além disso, o hospital conta com a parcerias de projetos do governo estadual e municipal.
3 OBJETO INSTITUCIONAL
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Diante do exposto, pode-se dizer que o conhecimento das características da população que procura atendimento nos hospitais configura-se em um ponto de partida para o conhecimento e avaliação da efetividade dos serviços prestados. Serve ainda como um norteador para aprimorar e adequar às modalidades de atendimento ofertadas a sua clientela de demanda.
O levantamento das características de uma dada população de demanda, a quem os serviços de atendimento de uma dada instituição se destinam, é o primeiro passo no sentido de tornar esse mesmo atendimento mais eficiente e, em decorrência, ser considerado satisfatório pela própria população clientela, bem como pela instituição responsável pelo atendimento. Isto porque, acredita-se que, a partir do conhecimento de quem precisa e do que necessita, é que se pode determinar o quando, onde e, principalmente, o como atender os que procuram por ajuda. (SILVARES, 1998, p.11).
O HRRBC atende pacientes da cidade de Arcoverde, tanto da zona urbana, quanto a rural, além de cidades vizinhas como Buíque, Pedra, Tupanatinga, Sertânia, Ibimirim, ou seja, região do sertão do Moxotó/Ipanema; de todas as idades e características hospitalares.
3.2 PROCESSO DECISÓRIO
Sendo um serviço que atua dentro de uma perspectiva de multidisciplinaridade e interdisciplinaridade as tomadas de decisões são realizadas mediante reuniões, que são agendadas conforme necessário, onde a democracia é tida como fator primordial, os assuntos são discutidos e elaborados dentro dos objetivos e metas a serem alcançados.
3.3 RELAÇÃO DEMANDA/COBERTURA DO ATENDIMENTO
O número de usuários atendido em média é de 20 gestantes por dia e o serviço social está disponível para todas. O acesso é fácil por conta que desde a entrada para a triagem, o serviço social está presente para que as pacientes sintam-se seguras. A demanda reprimida é de puérperas, por não ter neonatal e incubadoras de UTI.
A conjuntura neoliberal busca reduzir o estado a uma participação mínima, sendo que nos hospitais, muitas vezes os familiares dos pacientes exigem da instituição uma maior atenção a eles, dedicando mais tempo e recursos, para melhora de alguns casos.
3.4 SERVIÇO SOCIAL
Ao direcionarmos o atendimento do serviço social no HRRBC na Maternidade, onde se iniciou em junho de 2011 com o projeto de humanizar uma rotina que antes não existia, como organização de acompanhantes, conforto ou puérperas e disciplina. Tendo em média 20 atendimentos por dia.
As ações ofertadas pelo serviço social tem a intenção de organizar a maternidade e com isso algumas vezes por mês, o assistente social apresenta os projetos na clínica para melhorar o ambiente, como por exemplo, a Semana da Criança, onde os bebês recém-nascidos são reunidos na unidade para uma atenção especial.
Os projetos profissionais representam a autoimagem da profissão, elegem valores que a legitima socialmente e priorizam os seus objetivos e funções, formulam os requisitos para o seu exercício, prescrevem normas para o comportamento dos profissionais e estabelecem as balizas da sua relação com os usuários de seus serviços, com outras profissões e com as organizações e instituições sociais [...] (NETTO, 1999, p. 95).
A intenção das ações ocorridas no serviço ao longo da sua existência é melhorar o funcionamento da maternidade, mais infelizmente o serviço ainda não é aceito como deveria.
Apesar disso, todos os dias, se coloca em prática a educação e a honestidade para que os próprios funcionários valorizem o serviço, com isso acontecem muitas mudanças por conta que funcionários não aceitarem certos métodos, mesmo assim o serviço social persevera.
3.5 COTIDIANO DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL
O Projeto Ético-Político do Serviço Social está envolvido no cotidiano dos profissionais do HRRBC juntamente com uma assistente social que atua no Departamento da Maternidade do mesmo.
Apresenta-se os resultados investigados para que se possa analisar como os assistentes sociais levam ao cotidiano o Projeto ético-político do Serviço Social no trabalho realizado no âmbito das políticas públicas, com vistas a contribuir com subsídios para o fortalecimento deste projeto coletivo.
3.6 RELAÇÃO PROFISSIONAL DE TRABALHO COM OS DEMAIS ATORES INSTITUCIONAIS
A relação entre os funcionários da instituição, bem como, com os usuários é formada por posturas éticas e de respeito mútuo, onde um respeita o espaço e a cultura do outro, mantendo um ambiente harmonioso.
3.7 DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA
A atuação profissional do Assistente Social deve sempre estar pautada em princípios éticos, apesar dos inúmeros obstáculos enfrentados pelos profissionais, para manter uma postura ética em sua prática.
Estão intrínsecas na historicidade do serviço social as questões relacionadas ao assistencialismo e a caridade, porem com a evolução da profissão esse tipo de pensamento vem sendo alterado dando lugar a uma pratica critica-reflexiva em nome da defesa dos direitos dos usuários. Dimensão ética porque está relacionado ao comportamento profissional, quanto às normas pré-estabelecidas pelo código de ética da profissão que a partir das lutas exercidas pelos setores historicamente dominados, requerem do profissional uma atuação que tem como valor ético central a preservação e reconhecimento da liberdade, defesa intransigente dos direitos humano e recusa do arbítrio e autoritarismo, ampliação e consolidação da cidadania, defesa da democracia, primar sempre pela equidade e justiça social, lutar pela eliminação de qualquer forma de preconceitos, garantir o pluralismo, opção por um projeto que visa a construção de uma nova sociedade sem dominação e exploração, articulação com os movimentos de outras categorias, compromisso com a qualidade dos serviços prestados, exercício do serviço social sem discriminar e sem ser discriminado. (Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais).
No campo da saúde, esta prática também está relacionada a uma transformação da sociedade, buscando acabar com as esperas nos leitos dos hospitais, e atender a sociedade como agente que possuem direitos.
O assistente social em nome de um fazer ético-politico no HRRBC realiza essa intermediação outros atores institucionais e a própria comunidade, fazendo uma pratica livre de preconceitos que valoriza a opinião coletiva e faz refletir na sociedade a importância da participação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais aprovado em 15 de março de 1993 com as alterações introduzidas pelas resoluções CFESS n.º 293/94. Disponível em <http://www.cfess.org.br/arquivos/cep_1993.pdf> Acesso em 02 nov. 2012.
NETO, José Augusto. Serviço social e saúde mental: uma análise institucional da prática/ José Augusto Bisneto. – 2. Ed. – São Paulo: Cortez, 2009.
SILVARES, E.F.M. Serviços-saúde: novas formas de atendimento psicológico. Tese (Livre Docência). Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo: São Paulo, 1998.
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